sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Dicas para seu filho ir bem na escola



Quanto mais os pais participam da vida escolar, mais os jovens aprendem. O papel dos pais é fundamental no desenvolvimento dos filhos.

O apoio dos pais e a manutenção de um bom ambiente familiar como extensão da escola são fatores indispensáveis para o desenvolvimento educacional das crianças. A família pode colaborar de várias maneiras: participando das reuniões da escola e verificando o caderno do estudante diariamente; conversando sobre o cotidiano da escola - o que foi ensinado naquele dia; que tipo de trabalhos foram feitos com os colegas - e impedindo que a criança falte às aulas.

Ações simples dos familiares na realidade educacional dos filhos podem fazer toda diferença. O incentivo à comunicação por bilhetes em casa e sugere que as crianças sejam motivadas a ler para os seus pais. Não se pode ajudar os filhos apenas durante o período de provas. É preciso ajudar na melhoria da alfabetização e isto ocorre no dia-a-dia. A família deve contribuir com as questões escolares, mas cabe à instituição de ensino a sistematização do conhecimento.

Veja aqui algumas dicas simples e práticas para ajudar seu filho ir bem na escola, baseadas em pesquisas e na experiência dos melhores profissionais da área no Brasil e no mundo.

1. Ajude na melhoria do rendimento escolar
Pesquisas mostram que quando os pais acompanham e se envolvem com os estudos dos filhos, as notas dos estudantes aumentam significativamente.

  
2. Pergunte o que ele aprendeu
É muito importante perguntar o que ele aprendeu nas aulas e mostrar que você está interessado na vida escolar do seu filho. Se puder, peça que ele lhe ensine algo novo - isso vai ajudá-lo a fixar o conteúdo.

3. Não o deixe faltar às aulas
Assistir às aulas todos os dias, do começo ao fim, é importante para entender as matérias e não perder o fio da meada. Não o deixe faltar sem necessidade! Nem mesmo chegar atrasado.

4. Estimule-o a estudar
Filhos estimulados pelos pais a fazer os deveres têm um desempenho melhor. Atenção: estimular não é fazer a lição por ele, mas ajudá-lo a descobrir as respostas por conta própria.

5. Combine um horário de estudo
Combine um horário para os estudos e separe um lugar da casa para isso. Se usar a mesa de refeições, por exemplo, tire o que puder atrapalhar. Ah, não se esqueça de desligar a TV, para que ele se concentre nos deveres.

6. Mostre que estudar é um prazer
Estudar é a única obrigação do seu filho, certo? Mas, e se, além disso, fosse um prazer? Não seria melhor? Compartilhe esse momento. Acompanhe-o, ajude-o a chegar às conclusões sozinho e mostre interesse, mesmo se não souber a resposta certa.

7. Seja paciente
Errar, já diz o ditado, é humano. E faz parte da aprendizagem. Se você tiver certeza de que o seu filho está errando, peça para ele ler novamente as respostas dos exercícios em que tem dificuldade. Nunca, nunca, o chame de burro, de lento, de lerdinho. Cada pessoa tem um tempo para aprender - respeite isso.

8. Confira os cadernos
Olhe os cadernos e as apostilas dele e mostre interesse pelos trabalhos. Ao perceber que ele se dedicou, dê valor. Afinal, este é o trabalho dele nesta fase da vida.

9. Pergunte nas reuniões
Nas reuniões de pais e mestres, pergunte qual conteúdo será desenvolvido em cada matéria. A escola precisa ter um plano curricular, e você e outros pais devem cobrar isso.

10. Converse sobre as notas
Se ele estiver com nota baixa, converse com o professor e veja como pode ajudar. Quanto antes ele começar o reforço escolar, melhor.
11. Garanta o acesso aos livros
Pesquisas mostram que quanto antes as crianças tiverem acesso aos livros, melhor será o desempenho delas na escola, pois a leitura é base para todas as matérias. Atenção: não obrigue seu filho a ler. Estimule-o. A leitura tem de ser um momento de lazer e de prazer.

12. Leia sempre
Leia sempre - é bom para você e excelente para o seu filho, que seguirá o seu exemplo naturalmente. Converse com ele sobre o livro, a revista ou o jornal que estiver lendo. Deixe seus livros ao alcance das mãos dele. Livro é para ser lido, não é para enfeitar prateleira.

13. Abuse das bibliotecas
Faça uma ficha para o seu filho na biblioteca mais próxima da sua casa. A maioria dos municípios do Brasil tem bibliotecas públicas e a inscrição é gratuita. Aproveite.

14. Brinque com seu filho
Muitas brincadeiras são verdadeiros estímulos. Principalmente aquelas que incentivam a leitura, a escrita ou os cálculos. Exemplos de brincadeiras legais: forca, caça-palavras, palavras cruzadas.

15. Seja coerente
Seja coerente: suas atitudes refletem o que você pensa. Mostre que estudar é importante e ler, divertido. Estude e leia na frente do seu filho.

16. Use dicionário
É importante buscar o significado correto das palavras para aumentar o vocabulário e a capacidade de expressão. Também é bom saber usar a grafia correta. Incentive o seu filho a não usar abreviações no computador.

17. Escreva sempre
Escreva sempre que puder - bilhetes, cartas, e-mails, listas de compras... Pais que utilizam a escrita em casa ajudam na alfabetização dos filhos. Além disso, quem escreve melhor fala melhor!

18. Acompanhe o Ideb
Toda escola pública do país tem uma nota de 0 a 10: o Ideb (índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Você encontra a nota da escola do seu filho no educarparacrescer.abril.com.br/nota-da-escola e checa se o colégio tem uma Educação de qualidade.

19. Conheça os professores
É importante conhecer os professores do seu filho e se familiarizar com o ambiente que ele frequenta todos os dias. 
20. Valorize o professor
Apoie o trabalho dos professores e mostre que você admira a profissão. Afinal, eles serão os grandes responsáveis pela Educação de seu filho. Pergunte a eles o que será ensinado e como você pode ajudar.

21. Converse com o professor
Converse com o professor do seu filho sempre que possível. Se não concordar com a opinião do professor, fale com ele a sós, e nunca na frente do seu filho. Ensine, sempre, o seu filho a ouvir o professor e respeitá-lo.

22. Engaje-se na escola
Entre para a associação de pais. Não tenha vergonha de apresentar o seu ponto de vista à diretoria e aos professores da escola. Critique, elogie, faça sugestões sempre.

23. Vá às reuniões escolares
É nas reuniões que você conhece a escola a fundo, acompanha o aprendizado, esclarece dúvidas gerais, vê seu filho sob outros pontos de vista... Se não puder ir, chame alguém da família para ir no seu lugar.


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Pesquisa com sete cremes dentais clareadores concluiu que cinco não têm eficácia


Estudo comprovou que essas pastas são, em geral, mais abrasivas do que as comuns, o que pode gerar desgaste no esmalte dental. Empresa diz que produtos são eficazes. 

Quase todas as pastas de dentes que se dizem clareadoras ou branqueadoras não cumprem o que prometem. A conclusão é de um estudo realizado pela Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) com os sete produtos que têm mais representatividade no mercado nacional. Os resultados mostraram que apenas dois deles possuem efeito clareador nos dentes.

O mais barato de todos, Close-Up Extra Whitening, foi também o que apresentou melhor efeito. Já o mais caro, Sensodyne Branqueador Extra Fresh, foi o que melhor se saiu em testes que medem abrasividade e irritabilidade, mas seu efeito branqueador foi nulo.

Para avaliar o efeito clareador, foram feitos 3.000 movimentos circulares em amostras de dentes humanos, o que equivale à escovação de um mês. A metodologia, diz a Pro Teste, é padronizada pela American Dental Association.

Usou-se um colorímetro, método que mediu a cor dos dentes antes e depois das escovações, para identificar se houve mudança. Além da pasta da Close-Up, o Colgate Total 12 Whitening foi eficaz. Todos os demais foram reprovados.

Em relação à rotulagem e à quantidade de flúor, não foram encontrados problemas.


Abrasivas
O teste demonstrou que essas pastas são, em geral, mais abrasivas do que as comuns, o que pode gerar desgaste nos dentes. "Todos os cremes dentais têm abrasivos, inclusive os infantis. Mas, nos branqueadores, eles estão em maior quantidade", diz Marina Jakubowski, química da Pro Teste.

Ela recomenda que mesmo os cremes dentais que realmente clareiam não sejam usados sempre nem por muito tempo. "O ideal é utilizá-los por um mês, por exemplo, e depois dar um tempo. Ou usá-los apenas em uma das escovações de cada dia, alternando-o com pastas comuns."

O uso frequente de substâncias abrasivas torna o esmalte dental mais desgastado. "Além do incômodo estético, o desgaste pode levar à exposição da dentina (camada interna do dente), o que pode gerar dor e hipersensibilidade", afirma Cláudia Worschech, diretora científica da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética.

Ela afirma que pastas de dente geralmente não têm componentes realmente branqueadores, como peróxido de hidrogênio, usado em clareamentos supervisionados pelos dentistas -que, segundo ela, são mais seguros. "O que ocorre é que, por serem mais abrasivas, essas pastas limpam a sujeira de fora do dente e, por isso, ele parece mais claro. Se o dente estiver sujo ou manchado, então, elas promovem um polimento. Mas isso é limpeza. Clareamento mesmo é quando uma ação química modifica a cor de dentro do dente."

Worschech acredita que fabricantes não utilizem o peróxido de hidrogênio por ele perder a estabilidade misturado a outras substâncias presentes nos cremes dentais.

Segundo Jakubowski, da Pro Teste, em todos os produtos estudados, os princípios ativos são substâncias abrasivas, especialmente sílica.

A Pro Teste analisou ainda a irritabilidade dos produtos, com um teste feito em uma mucosa construída a partir de células humanas com características semelhantes à mucosa da boca - método também padronizado pela American Dental Association.

Foi medida a quantidade de células que continuavam vivas 24 horas após o uso dos produtos. O aceitável, para essas pastas, eram alterações em, no máximo, 50%. Quanto mais células sobrevivessem, melhor.

O resultado mostrou que a maioria dos cremes dentais danifica de 40% a 50% das células. "Esse tipo de produto é moderadamente citotóxico [tóxico às células]. Pode gerar mais problemas para quem já tem retração gengival", diz Jakubowski.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirma que cremes dentais clareadores são sujeitos a registro e que exige informações como composição e testes que mostrem eficácia e segurança.

Afirma, ainda, que as empresas sofrem inspeção na linha de produção e que os produtos ficam sujeitos às vigilâncias sanitárias estaduais e municipais após chegar ao mercado.


Empresa diz que produtos são eficazes
A GlaxoSmithKline, fabricante do Aquafresh Ultimate White e do Sensodyne Branqueador Extrafresh, afirmou, por meio de nota oficial, que ambos os produtos "são registrados na Anvisa e comercializados no Brasil e em diversos países da América e da Europa".

A empresa acrescenta que, "segundo a Associação Brasileira de Odontologia, não existem testes padronizados e específicos para determinar o branqueamento dos dentes. Várias são as metodologias disponíveis e a GSK (GlaxoSmithKline) possui testes internacionais realizados para comprovação do efeito branqueador".

"Temos cinco estudos clínicos, três deles realizados com mais de 1.500 pacientes ao total, que mostram a ação de branqueamento do Crest Extra Whitening superior à de um creme dental sem branqueador", diz Alexander Froio, gerente da área técnica da Procter & Gamble. "Não sei quanto essa metodologia in vitro [em laboratório, adotada pela Pro Teste] reflete o resultado in vivo."

Segundo a empresa, em um estudo, a intensidade das manchas em dentes de usuários do Crest Extra Whitening diminuiu 24% em seis semanas, em comparação a um grupo controle, e sua área, 36%.

Outro concluiu não haver diferença significativa entre o Crest Extra Whitening e concorrentes da mesma categoria.


Fonte: Medplan

Alterações hormonais e tártaro podem levar à perda óssea periodontal

Alguns fatores, como alterações hormonais, trauma oclusal e periodontite com presença de tártaro, além de fumo e álcool, podem levar à perda óssea, que tem como conseqüência a diminuição na qualidade da mastigação, podendo trazer problemas nutricionais e digestivos. Saiba como prevenir esse mal e mantenha sua boca saudável.


Um sorriso bonito e saudável é o que todo mundo quer. Mas saiba que para manter os dentes sempre em ordem é preciso ter disciplina e tomar alguns cuidados.
Fazer a higiene correta de toda a boca, por exemplo, é imprescindível para evitar um grande mal que afeta muitas pessoas, a placa bacteriana. Ela, com o tempo, pode se mineralizar, formando o tártaro ou o cálculo gengival. “Juntos, a placa e o tártaro deslocam as gengivas da destruição das fibras que prendem o dente à gengiva. Se essa alteração não for tratada, a estrutura óssea que sustenta o dente poderá se comprometer e, a longo prazo, poderá ocorrer a perda do elemento dental. Esse abalo na estrutura óssea é denominado periodontite (doença periodontal)”, explica o cirurgião-dentista Dr. Roberto Mariani (SP).

Um dente perdido compromete toda a harmonia do sorriso. Por isso, é necessário realizar consultas freqüentes ao dentista, que irá fazer uma avaliação da saúde bucal e, se necessário, solicitar exames complementares, como radiografia e/ou densitometria óssea (exame que detecta o grau de osteoporose).


Fazer a checagem hormonal (principalmente nas mulheres em menopausa), evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, de determinados medicamentos e o tabagismo contribui para deixar a periodontite longe da boca.

No dia-a-dia, além da higiene correta, é necessário ficar atento à alimentação também. “A falta de alguns minerais e vitaminas, principalmente cálcio e vitamina D, são vitais para manter a saúde dos ossos”, esclarece o cirurgião.

O principal objetivo do tratamento periodontal é a remoção de tártaros (cálculos dentários), para evitar que ocasionem a perda óssea. Caso ela já esteja em andamento e tenha origem traumática, é preciso fazer os devidos ajustes nos dentes, se for conveniente, ou corrigi-los com Ortodontia, dependendo do caso. “O profissional deve verificar também se não há nenhum agravante de ordem sistêmica, como disfunção hormonal”, diz.
Agora, se a estrutura óssea já estiver perdida, nos casos de periodontites ou de traumas oclusais, a reparação é dada por meio de enxertos ósseos.

Enxerto Ósseo
Esse procedimento é muito utilizado hoje em dia, tanto na Implantodontia quanto na Periodontia. Quando um dente é perdido, o osso da boca encolhe de altura e de largura, impossibilitando a colocação do implante. Para sustentar o dente, os enxertos são colocados em pedaços ou moídos junto a outros componentes auxiliares.
Nos implantes, os pinos de titânio atuam como raízes dentárias artificiais, tornando-se parte integral do osso mandibular ou maxilar. Para a correta acomodação do implante, é necessária a presença de osso. Caso isto não ocorra, utilizam-se enxertos ósseos.
Inúmeros materiais podem ser empregados (osso humano, osso bovino e compostos à base de hidroxiapatita). Enxerto ósseo autógeno (osso coletado do próprio paciente).

Entenda como tudo começa...

A doença periodontal inicia-se com uma gengivite marginal e progride para uma periodontite, momento em que se inicia a perda óssea. Caso não seja tratada leva à perda do dente. A placa bacteriana não removida se mineraliza, transformando-se em cálculo ou tártaro dos dentes, que são estruturas duras, difíceis de remover.

Início da deposição da placa e formação do cálculo na superfície do dente, formando a bolsa gengival. Nesta fase, a doença é reversível. Se a placa for removida a gengiva, volta ao normal.
Vemos o progresso da doença periodontal se a placa bacteriana e cálculo não forem removidos. Começa a ocorrer perda óssea, há um aprofundamento patológico do sulco gengival.
O paciente necessita de cirurgia para tratar suas alterações periodontais. Caso isto não seja feito, o processo progride até a perda do dente.



Fonte: http://odontologika.uol.com.br, Revista Plástica & Beleza

sábado, 19 de outubro de 2013

Pesquisa mostra que pessoas com foto sorrindo no Facebook são mais felizes. Como assim?


De acordo com pesquisadores, intensidade do sorriso em fotos de perfis no Facebook detecta o grau de satisfação dos usuários.

Pessoas com fotos sorrindo no Facebook são mais felizes, aponta estudo. Já ouviu falar naquele ditado "nunca julgue um livro pela capa"? Bom, o estudo a seguir pode provar o contrário, pelo menos no que diz respeito às fotos de usuários no perfil do Facebook.
Em entrevista para o jornal Social Psychological and Personality Science, pesquisadores afirmam que a maneira como uma pessoa sorri numa imagem de perfil no Facebook pode prever o grau de satisfação que ela terá com a própria vida daqui quatro anos. O estudo, feito com um total de 84 participantes, foi baseado em músculos faciais que detectam a intensidade do sorriso nos usuários.

Algumas pesquisas anteriores já revelaram a existência de uma conexão entre o bem-estar futuro e retratos formais nas redes sociais, o que gera interesse em desvendar informações codificadas nos rostos humanos.

Através de dois estudos, psicólogos da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, descobriram que homens e mulheres que mostraram um sorriso "intenso" na foto de perfil do Facebook nos seis primeiros meses de participação na rede social relataram maior satisfação de vida do que aqueles que não tinham uma imagem nessas condições. Estudantes que apresentavam fotos sorrindo foram mais propensos a relatar níveis de contentamento durante o último semestre da faculdade, cerca de três anos e meio mais tarde.

Os autores descrevem a pesquisa como "um passo na busca da compreensão de como fotos afetivas compartilhadas publicamente podem prever o futuro do bem-estar".
Embora o motivo dessa relação não seja exatamente claro, os responsáveis pelo estudo dizem que um intenso sorriso no Facebook indica sinais do comportamento de uma pessoa na vida real.

Fonte: Olhar digital

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Agenesia: falha genética diminui os dentes da arcada

Apesar de comum, a agenesia é desconhecida pela maioria das pessoas. A anomalia dentária não é considerada uma doença, já que é caracterizada pela ausência de um ou mais dentes na arcada. 
Na população brasileira, a agenesia atinge de 2% a 5% das pessoas – dependendo do dente afetado e excluindo os terceiros molares (dente do siso) que gira em torno de 20% a 30%. De acordo com os estudos realizados, os dentes mais afetados na dentição permanente são os segundos pré-molares inferiores seguidos pelos incisivos laterais superiores. Na dentição decídua (de leite), este número varia entre 0,4 a 1%, afetando principalmente os incisivos superiores. 
A agenesia unilateral é mais comum do que as bilaterais. São classificadas quanto ao número de dentes envolvidos: hipodontia – ausência congênita de menos de seis dentes permanentes, oligodontia – mais de seis dentes e anodontia – ausência de todos os dentes permanentes.
 
Segundo o professor Cássio José Fornazari Alencar, especialista em Odontopediatria pela USP, a relação entre a agenesia de um dente de leite e a presença/ausência de seu sucessor permanente ainda é um assunto controverso. “Porém é possível afirmar que as taxas de prevalência de agenesia em ambas as dentições são significativamente mais elevadas em mulheres. Já a presença de mais dentes (supranumerários) é mais prevalente em meninos do que em meninas”, diz.
Causas
A teoria mais aceita para explicar a agenesia dentária é a alteração na expressão de genes específicos, sendo o MSX1, AXIN2 e PAX9 os mais estudados. “As ausências dentárias congênitas podem ocorrer como uma condição isolada ou estar associadas com uma condição sistêmica ou síndromes: Displasia do ectoderma, Síndrome de Down e fissuras palatinas”, afirma.

Além das causas genéticas, existem fatores ambientais que podem estar ligados à agenesia. Infecções como rubéola e sífilis, diferentes tipos de traumatismos, uso de substâncias químicas ou drogas, quimioterapia e radioterapia são alguns desses fatores. 
Diagnóstico
Quem tem a alteração genética leva uma vida normal em relação à saúde bucal, que depende principalmente da higienização. Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito por meio de radiografias. “Daí a importância de radiografar crianças em torno de 5 anos, quando pode-se fazer o diagnóstico precoce e direcionar o possível tratamento ou prognóstico”, diz Alencar. Antes dessa idade, o diagnóstico é feito pela sequência de erupção dentária. “Por isso é recomendado o acompanhamento da erupção de dentes de leite, na primeira infância, pelo odontopediatra”.
O acompanhamento profissional também ajudará no acompanhamento do crescimento dos dentes. O paciente com quebra de dentes na sequência de erupção, por exemplo, pode ter um dente congenitamente ausente. Um sinal de herança genética da ausência de dentes seria a presença dentes com formatos conóides – menores que o normal e em formato de cone –, principalmente de incisivos laterais superiores.
Tratamento
A decisão de extrair o dente de leite e fechar o espaço ortodonticamente, ou de abrir espaço para colocação de uma prótese ou implante são algumas das possíveis saídas para o problema. “A idade do paciente, a forma e posição do dente, a oclusão da criança, a quantidade de ‘apinhamento’ dentário – posição inadequada dos dentes – e até a qualidade e quantidade de osso na região da ausência são fatores que influenciam a decisão do profissional”. Se o diagnóstico for precoce, na maioria das vezes é possível (e muitas vezes indicado) que se faça uma correção ortodôntica  para fechamento dos espaços, evitando a necessidade de implantes. Converse com o especialista, ele sim poderá orientá-lo sobre esta questão.
Fonte: http://saude.terra.com.br/saude-bucal Fotos: Shutterstock

Saiba qual a hora certa da criança aprender a mastigar

A Organização Mundial de saúde tem recomendações muito claras sobre amamentação: aleitamento materno exclusivo até os seis meses e complementado por outros alimentos até os dois anos. É claro que a realidade da mãe moderna muitas vezes nem sempre permite que esta recomendação seja seguida. 
Mesmo nestes casos, os alimentos mais sólidos não devem ser introduzidos precocemente devido à incapacidade do bebê muito novo de mastigar e deglutir corretamente. “Antes dos seis meses, os alimentos devem ser oferecidos de forma líquida ou pastosa, depois disso o aumento da consistência deve respeitar o desenvolvimento da criança”, indica a pediatra e nutróloga Denise Lellis, coordenadora do Ambulatório de Obesidade Infantil do Hospital Universitário da USP.
A especialista explica que, a princípio, os liquidificadores devem ser evitados para não deixar as papas com consistência muito próxima da líquida. “A intenção é desde o início apresentar à criança uma consistência diferente e que exija dela movimentos musculares diferentes dos que a sucção exigia”, diz Denise. Assim, peneira, garfo e espremedor de batatas são mais recomendados e, depois, alimentos macios cortados apenas com a faca.
Hora da papinha com pedaço
Ao contrário do que se pensa, não é preciso esperar os primeiros dentes nascerem para introduzir papinha com pedaços. Isso porque os alimentos massageiam a gengiva e podem ser partidos por ela. “Claro que nestes casos é preciso evitar alimentos duros que machuquem a as gengivas”, afirma Denise.
Segundo a pediatra Mariana Nudelman, do Hospital Israelita Albert Einstein, a criança precisa aprender a mastigar mesmo sem dentes, para fortalecer a musculatura orofacial e não criar modismos na hora de comer. “Assim, quando chegar aos 12 meses, ela já será capaz de entrar na rotina das refeições da casa”, diz Mariana. 
Em geral, por volta de um ano de idade, a maioria das crianças consegue comer com uma consistência parecida com os alimentos da família. Mas é preciso evitar a pressa, já que é normal algumas demorarem mais para conseguir deixar a papinha. “O ideal é que, aos 12 meses, a criança já se alimente como os familiares da casa, pedaços e alimentos separados no pratinho, sem misturar tudo”, afirma Mariana 
Desenvolvimento
É muito importante a criança começar a comer alimentos de consistências mais duras no momento certo. Além das questões nutricionais, alimentos mais duros propiciam melhor desenvolvimento da musculatura orofacial e da arcada dentária. “No futuro, esse desenvolvimento interfere diretamente no desenvolvimento da fala, mastigação e deglutição”, afirma Denise.
Uma dica é deixar a criança pegar o alimento com a mão para ajudar na coordenação motora. Mas a especialista alerta que isso não deve ser feito com alimentos que possam soltar pedaços grandes e obstruir as vias aéreas da criança. “O ideal é oferecer biscoitos que dissolvem na boca ou pedaços pequenos de frutas moles”, recomenda Denise. 
“É muito importante a criança ter contato com a comida, pegar, amassar, olhar, sentir, mesmo que faça sujeira, isso faz parte do desenvolvimento”, diz Mariana.
Engasgos
Quando a criança estiver manipulando bem alimentos com pedaços na boca e deglutindo sem engasgar, o cuidador pode tentar introduzir pedaços pequenos e sentir como a criança lida com eles. “Se a criança engasgar muito os pedaços devem ser evitados até que a causa dos engasgos seja esclarecida”, afirma a pediatra.
É comum a criança engasgar principalmente nos primeiros dias. Muitas vezes, podem se assustar com o engasgo e dar trabalho para comer depois. Por isso, é preciso que a introdução de novos alimentos seja feita de forma calma e cuidadosa. “Para introduzir a papinha com pedaços, a cervical da criança deve estar com ótimo tônus e, caso o engasgo seja frequente, deve-se procurar auxílio médico”, diz a médica nutróloga, Elza Mello, da Associação Brasileira de Nutrologia.
Rejeição
Muitas crianças fazem movimentos com a língua como se não gostassem do alimento, mas na verdade elas só não estão acostumadas com o sabor e com a presença da colher na boquinha. O cuidador deve insistir nos dias seguintes para que a criança possa "treinar" e assim conseguir desenvolver essa capacidade. “Existem estudos que sugerem que uma criança pode levar até 20 tentativas para aceitar determinado alimento”, diz Denise.
Elza dá a dica de que, ao redor dos nove meses de vida, a criança deve ser estimulada a se alimentar sozinha. “Ela fica com uma colher, ou pegando pedacinhos com a mão do prato, e o cuidador a alimenta com outra colher”, afirma.
Também vale prestar atenção nas cores dos pratos dos bebês. Quanto mais cores, maior a variedade de nutrientes. “Mesmo quando o bebê ainda está com alimentação predominantemente na forma de papinha essa variedade deve ser respeitada para garantir o valor nutricional e não causar monotonia alimentar”.
Saúde bucal
A cirurgiã-dentista, Márcia Vasconcelos, consultora científica da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), explica que os alimentos duros só serão mastigados e triturados com a presença dos dentes, que iniciam a erupção entre os seis e oito meses. “Os molares só terminam a erupção próximos aos dois anos de idade”, diz. Segundo a especialista, uma alimentação balanceada, rica em fibras, promove nutrição e mastigação ideal para o desenvolvimento de uma boa saúde bucal. 

Fonte:http://saude.terra.com.br/saude-bucal Fotos:Shutterstock

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ronco, impotência, sobrepeso & saúde bucal

A idade vai chegando e o homem ganha cada vez mais intimidade com três inimigos: sobrepeso, ronco e impotência. Os três estão relacionados, um pode piorar o outro e a saúde bucal também está ligada a eles.
Sobrepeso – o vilão
Estar uns quilinhos acima do peso não traz grandes preocupações para a maioria dos homens. Alguns deles até se orgulham da barriguinha respeitável. Porém, se soubessem dos perigos escondidos por trás da “barriga de chope”, poderiam levantar do sofá para eliminá-la de vez. 
O sobrepeso afeta a qualidade de vida, desde a noite de sono, até a vida sexual. Segundo o endocrinologista Paulo Rosenbaum, do Hospital Israelita Albert Einstein, o excesso de peso contribui para a deposição de gordura na região cervical, o que leva ao ronco e à apnéia do sono – pequenas paradas respiratórias durante a noite. “A perda de peso atenua o ronco, melhora a disposição e qualidade de vida”, diz.
Para a saúde bucal, a obesidade também não faz nada bem. Ela está associada com um estado inflamatório crônico que pode levar a periodontite. Isso porque o tecido adiposo funciona como um reservatório de citocinas, que regulam a resposta inflamatória e imunológica. Assim, quando existe uma agressão à gengiva por bactérias causadoras da periodontite, há uma liberação de citocinas proporcional à quantidade de tecido adiposo. “Portanto, quanto mais obeso o indivíduo com periodontite, maior é a liberação destas substâncias, maior a resposta inflamatória na gengiva e, consequentemente, haverá um aumento da doença periodontal”, diz o cirurgião-dentista Afonso Luís Puig Pereira, do Instituto Israelita de Responsabilidade Social Albert Einstein.
Com relação à impotência, a testosterona, hormônio fundamental para o funcionamento do pênis, sofre um processo metabólico no tecido adiposo – onde fica o armazenamento de gordura do corpo. “Indivíduos com excesso de gordura corpórea apresentam diminuição da produção da testosterona funcionante e consequentemente vão apresentar sintomas de disfunção sexual; diminuição da libido, dificuldade de ereção e outras condições relacionadas à atividade sexual”, diz o urologista Silvio Pires, do Hospital e Maternidade Assunção – do Grupo Rede D’Or São Luiz.

Para a saúde bucal, a obesidade também não faz nada bem. Ela está associada com um estado inflamatório crônico que pode levar a periodontite. Quanto mais obeso o indivíduo com periodontite, maior é a liberação destas substâncias, maior a resposta inflamatória na gengiva e, consequentemente, haverá um aumento da doença periodontal Foto: ShutterstockFoto: Shutterstock

Para a saúde bucal, a obesidade também não faz nada bem. Ela está associada com um estado inflamatório crônico que pode levar a periodontite. Quanto mais obeso o indivíduo com periodontite, maior é a liberação destas substâncias, maior a resposta inflamatória na gengiva e, consequentemente, haverá um aumento da doença periodontal


Ronco
O ronco é um distúrbio respiratório que atinge entre 30% e 40% dos adultos, sendo mais frequente nos homens, além de aumentar com a idade. Quem ronca não atinge o sono profundo, tem sono durante o dia, acorda frequentemente na madrugada e com dor de cabeça. “O fato de o sono não atingir todas as suas fases, com várias pausas e despertares, leva a uma redução de oxigênio durante a noite para o coração, cérebro e outros órgãos, ocasionando hipertensão, problemas cardiovasculares, cansaço, indisposição e dificuldade em perder peso”, explica Rosenbaum. 
O ronco também é o principal sinal da apneia do sono –parada respiratória com duração de pelo menos dez segundos. Nesta condição, o indivíduo não consegue ter um período de sono REM – fase do sono que ocorrem os sonhos –, que é justamente quando ocorrem as ereções fisiológicas noturnas. “Esta ereção noturna funciona como uma espécie de treinamento, um exercício para o funcionamento adequado do órgão”, explica Pires. 
O sangue arterial, rico em O2, revigora as estruturas internas do pênis removendo o excesso de radicais livres, além de estimular a produção de ácido nitroso, fundamental na fisiologia da ereção. “Os microdespertares fazem com que ocorra um ‘stress’ com excreção exagerada de adrenalina, que acarreta em vasoconstrição e impede um adequado afluxo de sangue oxigenado”, afirma o especialista.
O cirurgião-dentista pode identificar e prevenir ronco e apneia. A espécie humana tem maxila e mandíbula pequenas em relação à maioria dos mamíferos. Assim, ao dormir, a musculatura relaxa e pode ocorrer a obstrução da garganta. “Se a apneia for leve a moderada, o dentista pode indicar tratamento com placa interoclusal que coloca a mandíbula um pouco para frente e aumenta o espaço das vias aéreas”, diz a cirurgiã-dentista Astrid Arap, membro do Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-up do Hospital Sírio-Libanês. Segundo Arap, quem ronca pode ter aumento da prevalência de gengivite, uma vez que a respiração bucal provoca o ressecamento da mucosa da boca.
Gengivite - inflamação da gengiva ao redor do dente
Impotência
Um estudo feito pela Universidade Inonu, na Turquia, concluiu que pessoas com gengivas inflamadas são três vezes mais propensas a ter problemas de ereção. Participaram da pesquisa 80 homens com disfunção erétil, entre 30 e 40 anos, e 82 homens sem problemas de impotência. No grupo dos que tinham a disfunção, 53% apresentavam gengivas inflamadas, contra 23% no grupo de controle. 
Segundo o urologista Silvio Pires, a gengivite acomete mais indivíduos tabagistas, etilistas, com um padrão de alimentação inadequado, fatores que se relacionam diretamente com a capacidade erétil do homem. 
A disfunção sexual erétil também pode ser relacionada a distúrbios cardiovasculares, inclusive, pode ser a primeira manifestação desta doença. Pessoas obesas têm maior tendência a apresentar pressão arterial elevada, diabetes e alterações de colesterol, triglicérides, etc. Essas condições estão ligadas a processos inflamatórios das artérias, e o comprometimento da circulação impede a chegada de sangue ao tecido. “As artérias do pênis sofrem da mesma maneira que os vasos cerebrais ou as coronárias, e a obstrução da microcirculação ou mesmo de vasos de maior calibre vão levar a uma incapacidade de ereção”, afirma o urologista.